Linfangiomas são tumores vasculares benignos, e que se localizam, na maioria dos casos, na região cervical e face. Ocorrem em decorrência do desenvolvimento anormal dos vasos linfáticos que impedem o fluxo de linfa com consequente formação de cistos. São comuns na infância e, geralmente, são diagnosticados em crianças até os dois anos de idade. São classificados em macrocísticos (higroma cístico), microcísticos (cavernosos e capilares) e formas intermediárias quando apresentam as duas formas. Os linfangiomas são o terceiro tipo de câncer mais comum na infância, os primeiros são os tumores cerebrais e as leucemias.
O tratamento do linfangioma depende de diversos fatores como o tamanho, a apresentação clínica, localização e risco de complicações. O tratamento pode ser realizado com a combinação de diversas terapias. A ressecção cirúrgica completa tem sido o tratamento de preferência. Como complicações da cirurgia pode ocorrer dano destas estruturas, formação de fístulas, infecção e deiscência de sutura. A lesão pode apresentar recorrência em até 27% dos casos. Outras formas terapêuticas podem ser utilizadas, como esteróides, laser, quimioterapia e aplicação de agentes esclerosantes entre eles, a bleomicina e soluções salinas hipotônicas que provocam inflamação do endotélio vascular, promovendo a regressão total ou parcial do linfangioma.
Considerando que o diagnóstico seja feito precocemente e o tratamento proposto seja adequado, as taxas de cura são altíssimas.