A dilatação renal intrauterina, conhecida como hidronefrose fetal, é uma condição detectada durante o pré-natal por meio de ultrassonografias obstétricas. Essa dilatação ocorre quando há acúmulo de urina nos rins do feto, levando ao aumento do tamanho renal e do trato urinário.
As causas mais comuns incluem:
Estenose da junção ureteropiélica (JUP): estreitamento na conexão entre a pelve renal e o ureter, dificultando o fluxo de urina do rim para a bexiga.
Refluxo vesicoureteral (RVU): retorno anormal da urina da bexiga para os ureteres e rins, devido a mau funcionamento das válvulas que impedem esse refluxo.
Megaureter obstrutivo: dilatação anormal do ureter causada por obstruções que dificultam a passagem da urina do rim para a bexiga.
Válvula de uretra posterior (VUP): membrana na uretra que impede ou dificulta a saída normal da urina, resultando em dilatação da bexiga e dos rins.
Anomalias congênitas: malformações do trato urinário que podem levar à obstrução ou refluxo urinário, contribuindo para a hidronefrose.
A identificação precoce dessas condições é crucial para o planejamento do acompanhamento e tratamento adequados, visando preservar a função renal e prevenir complicações futuras. O acompanhamento com um uropediatra é essencial para monitorar a evolução da dilatação renal e determinar a necessidade de intervenções após o nascimento.
Dr. Marcelo de Oliveira Rosa
Uropediatra em Goiânia
CRM-GO: 6839 RQE: 3524/3629