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A puberdade acontece entre os nove e quatorze anos para os meninos e entre oito e treze anos de idade para as meninas, sendo que a menarca, considerada a primeira menstruação geralmente ocorre dois anos depois. A puberdade precoce acomete até dez vezes mais meninas do que meninos. A puberdade precoce é definida quando os sintomas descritos abaixo aparecem antes dessas idades.

Para as meninas:

– Surgimento do broto mamário, os primeiros sinais de seios;

– Cintura começa a afinar e o quadril a acumular mais gorduras;

– Crescimento dos ovários – com a possibilidade de cistos;

– Menarca.

Para os meninos:

– Aumento de tamanho e diâmetro do pênis;

– Primeiros pelos finos no rosto;

– Testículos aumentam de volume;

– Alterações de voz como início da voz mais grave;

– Ombros e troncos começam a ficar mais largos;

– Sinais de proeminência laríngea (o gogó, ou pomo de adão);

– Episódios de ereção induzida ou não.

Para meninos e meninas:

– Aparecimento dos pelos pubianos e de pelos em outros lugares que não existiam antes, exemplo as axilas;

–Pelos das pernas ficam mais espessos;

– Crescimento mais rápido, ficando com estatura mais alta comparada as crianças da mesma idade;

– Pele mais oleosa e início dos sinais de acne;

– Mudanças de comportamento;

–Odores corporais.

O diagnóstico é realizado através de exame clínico, exames de sangue e de imagem. O raio-X de mãos e punhos é indicado para determinar a idade óssea da criança, com isso é possível avaliar se o nível de amadurecimento dos ossos está compatível com a idade cronológica. Esse exame avalia o quanto o paciente ainda pode crescer, já que a puberdade precoce, se não tratada, pode inibir esse crescimento.

Na grande maioria dos casos de puberdade precoce em meninas, cerca de 90%, o distúrbio não tem causa definida. Já nos meninos, dois terços dos casos, a puberdade precoce é sintoma de alguma outra doença, com um tumor de hipófise ou hipotálamo.

O tratamento é feito a administração de medicação análoga ao hormônio liberador de gonadotrofina (GRH) que regula a fabricação dos hormônios que estimulam os ovários e testículos.