Os tumores de suprarrenal são raros e correspondem a apenas 0,2% de todos os cânceres na infância. Sua incidência é estimada em 0,6 a 2 casos por 1 milhão/ano, apesar de raro, é mais frequente na população das regiões sul e sudeste do Brasil.
As manifestações clínicas mais frequentes do tumor de suprarrenal estão relacionados ao aumento da secreção de hormônios pelo córtex adrenal. As manifestações clínicas mais comuns são a virilização, a síndrome de Cushing e a hipertensão mineralocorticoide. São sinais comuns a pubarca, hipertrofia do clitóris ou pênis, aumento de pelos nas meninas, aumento da massa muscular, aumento da velocidade de crescimento, irritabilidade, ganho de peso, alteração do timbre da voz, hipertensão arterial, convulsões, entre outros. Frequentemente o tumor é palpável.
O diagnóstico do tumor de suprarrenal é baseado nos achados clínicos, nos exames laboratoriais com as dosagens hormonais e nos exames de imagem. A presença de sinais e sintomas decorrentes da produção aumentada de dois ou mais hormônios adrenais é altamente sugestiva da presença de tumor de supra renal.
São utilizados métodos de imagem para confirmação e localização do tumor e avaliar a presença ou não de metástases, como a ressonância nuclear magnética (RNM) e a tomografia computadorizada (TAC).
O tratamento é cirúrgico com a ressecção completa do tumor e dos linfonodos regionais, sem ruptura da cápsula tumoral. Nos casos em que a ressecção completa do tumor não é possível e nos tumores metastáticos, o tratamento quimioterápico é recomendado.
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