Anormalidades ureterais geralmente são diagnosticadas em ultrassonografia pré-natal de rotina e, ocasionalmente, através do exame físico em que é visível um orifício ureteral externo ectópico ou uma massa palpável. Episódio de pielonefrite com infecções do trato urinário recorrentes em crianças deve ser investigado por ser sintoma comum de anomalias ureterais. Os exames diagnósticos são ultrassonografia dos rins, ureteres e bexiga antes e após micção, e, então, uretrocistografia miccional fluoroscópica.
No ureter ectópico ocorre aberturas mal posicionadas de ureteres isolados ou duplicados que podem se localizar na parede lateral da bexiga, distalmente ao longo do trígono, no colo vesical, na uretra feminina distal ao esfíncter (provocando incontinência urinária, apesar do padrão normal de micção), no sistema genital (próstata e vesícula seminal no menino e útero ou vagina na menina) ou externamente. Os orifícios ectópicos laterais frequentemente ocasionam refluxo vesicoureteral (RVU), enquanto os orifícios ectópicos distais causam, mais frequentemente, obstrução e incontinência urinária. O ureter ectópico também pode causar até mesmo lesões nos rins.
O tratamento cirúrgico é necessário para desobstrução e incontinência e, às vezes, para o refluxo vesicoureteral (RVU). O ureter é posicionado na bexiga quando não houve comprometimento da função renal. Em 80% dos casos de ureter ectópico ocorre em unidades superiores de rins com duplicidade pielo-ureteral. Atualmente mesmo nas unidades renais sem função podemos corrigir o defeito sem ressecar parte do rim, realizando assim um procedimento menos invasivo.