A dúvida é comum entre pais e responsáveis: “a anestesia em crianças é perigosa?” A resposta é que, com os avanços da medicina, o risco anestésico caiu drasticamente — especialmente quando o procedimento é conduzido por profissionais experientes e dentro de um ambiente hospitalar bem estruturado.
A anestesiologia moderna é baseada em três pilares essenciais:
✅ Avaliação rigorosa do paciente
✅ Uso de medicamentos seguros
✅ Equipamentos tecnológicos de última geração
Esses fatores, combinados a protocolos internacionais de segurança, contribuíram para reduzir a mortalidade e complicações graves associadas à anestesia, mesmo em pacientes pediátricos.
Há riscos na anestesia infantil?
Como em qualquer procedimento médico, alguns riscos existem, principalmente quando a criança tem condições clínicas específicas como:
- Diabetes
- Hipertensão arterial
- Doenças cardíacas ou pulmonares
- Problemas renais
- Obesidade
- Convulsões ou epilepsia
- Apneia do sono
- Doenças neurológicas
- Reações adversas a anestesia em cirurgias anteriores
Por isso, antes de qualquer procedimento, o anestesiologista realiza uma avaliação completa, levando em conta histórico clínico, exames e o tipo de cirurgia.
O que torna a anestesia infantil diferente?
Apesar de, na maioria das vezes, as crianças serem saudáveis e submetidas a procedimentos menores, elas possuem características anatômicas e fisiológicas muito específicas. O metabolismo, a sensibilidade aos medicamentos e até a forma de reagir ao ambiente cirúrgico exigem abordagens personalizadas.
Além disso, o fator emocional é importante: a separação dos pais pode gerar ansiedade intensa, especialmente nas crianças pequenas. Por isso, muitas equipes permitem que um dos pais acompanhe a criança até o momento em que ela adormece — e também esteja presente ao seu lado no despertar.
Como tornar a experiência mais segura e tranquila?
Algumas práticas recomendadas por equipes pediátricas ajudam a reduzir o estresse e garantem uma experiência mais humanizada:
- Permitir que a criança leve seu brinquedo favorito até a sala cirúrgica
- Usar salas coloridas, com temática infantil
- Explicar, em linguagem acessível, os passos do procedimento para crianças maiores
- Administrar medicação pré-anestésica ainda junto aos pais, para evitar trauma
- Iniciar o controle da dor antes mesmo do despertar, evitando desconforto no pós-operatório
Esses cuidados não apenas melhoram a recuperação da criança, mas também evitam traumas psicológicos que possam impactar visitas futuras ao hospital.
Com o preparo adequado, a anestesia em crianças é considerada segura. A presença de um anestesista pediátrico treinado, o uso de tecnologia avançada e o ambiente acolhedor fazem toda a diferença.
Se você tem dúvidas sobre uma cirurgia ou exame com anestesia, converse com o especialista. A informação correta é a melhor forma de vencer o medo e garantir segurança para seu filho.
Dr. Marcelo de Oliveira Rosa
Uropediatra em Goiânia
CRM-GO: 6839 RQE: 3524/3629