A hipertensão arterial é um problema de saúde pública que também afeta crianças e adolescentes. A hipertensão arterial é classificada em primária e secundária.
A hipertensão arterial primária atinge a maior parte da população – inclusive crianças e adolescentes – e não tem causa médica identificável. Geralmente ela se deve ao histórico familiar, obesidade, sedentarismo, elevada ingestão de sal e de calorias, fatores de risco relacionados à elevação da pressão arterial (PA).
Já a hipertensão arterial secundária nas crianças é causada por doenças identificáveis como doenças renais, endócrinas, pulmonares e cardíacas.
Os níveis da pressão arterial na infância têm como referência tabelas com os valores normais da pressão arterial sistólica e diastólica em crianças e adolescentes da mesma idade, sexo e percentil de estatura. A criança que apresenta percentil abaixo de 90 indica pressão arterial normal, entre 90 e 95, quadro de pré-hipertensão, e percentil acima de 95, quadro de hipertensão.
O diagnóstico precoce e a introdução imediata do tratamento visando o controle da hipertensão arterial na infância e adolescência são fundamentais para prevenir complicações da doença no futuro. A escolha do tratamento proposto está diretamente ligada à identificação das causas da hipertensão arterial. A maioria dos casos de hipertensão arterial infantil pode ser controlada através de mudanças no estilo de vida como controle do peso corporal, prática de atividade física, adoção de alimentação saudável assim como redução da ingesta de sal.
Nas consultas médicas de rotina é importante medir a pressão arterial das crianças a partir de 3 anos de idade e os adolescentes.