A ereção infantil é um assunto que pode ser tabu e até constrangedor para alguns pais, mas trata-se na verdade, de um acontecimento fisiológico, normal e esperado.
Infelizmente muitos pais se constrangem com o assunto porque receberam uma educação sexual inadequada, resultando uma percepção somente sexualizada e erótica dos órgãos genitais.
Quando a criança tem uma ereção trata-se de uma resposta natural do corpo: vontade de fazer xixi, toque dos pais ou cuidadores ao trocar fraldas ou durante o banho ou toque da própria criança.
A criança não sente desejo sexual como os adolescentes. É apenas uma reação aos estímulos físicos assim como sentir cócegas ao tocar alguma parte do corpo da criança.
Por isso se seu filho tiver uma ereção reaja com naturalidade, nunca o repreenda com expressão facial ou tom de voz. Não brigue com a criança, ou diga que é feio ou sujo. Nunca o reprima, ou ridicularize ou ria pelo seu comportamento. Apenas diga que é uma situação normal que irá acontecer até ele ficar adulto.
A maioria das ereções são normais e inofensivas, e abaixam sozinhas, rapidamente e sem problemas. Porém, se a ereção de seu filho ter duração de mais de uma hora, o pênis estiver vermelho, inchado ou com erupções, então leve seu filho ao médico para uma consulta. Ereções dolorosas e prolongadas pode ser uma condição chamada priapismo, que pode ocorrer em homens adultos ou meninos de 5 a 10 anos que têm doenças como anemia falciforme, leucemia ou um trauma em seu pênis ou pélvis (muitas vezes por abuso infantil).
O reconhecimento precoce (em poucas horas) e tratamento imediato evitam complicações como a disfunção erétil permanente. Por isso, é muito importante consultar imediatamente o uropediatra nesses casos.