Nefroma Mesoblástico Congênito é uma rara neoplasia renal pediátrica. Possui dois subtipos histológicos: clássico e celular. O subtipo celular representa dois terços dos casos e possui pior prognóstico. Originam-se provavelmente da proliferação do mesênquima nefrogênico.
Geralmente afetam duas vezes mais os meninos que as meninas e são tumores unilaterais, mas eventualmente podem acometer os dois rins.
O Nefroma Mesoblástico Congênito é descoberto incidentalmente em recém-nascidos pela presença de uma massa abdominal assintomática, que pode ser acompanhada de hematúria. O diagnóstico pode ser feito ainda no período neonatal, já que pode levar a polidrâmnio, presente em 71% das gestações associadas ao tumor, hidropsia e parto prematuro, além de hipertensão e hipercalcemia.
O diagnóstico diferencial deverá ser feito com outras neoplasias renais, como os adenomas metanéfricos, os carcinomas de células claras renais e o tumor de Wilms. Somente é possível fazer o diagnóstico diferencial dos tumores de Wilms e dos nefromas mesoblásticos congênitos com a histopatologia, pois são similares radiologicamente.
Usualmente, o tratamento deste tipo de tumor é cirúrgico, através da nefrectomia ou nefroureterectomia total, que, podem reduzir a possibilidade de recorrência e funciona como tratamento da hipertensão secundária ao hiperreninismo.