A sepse é uma das principais causas de mortalidade infantil independente da faixa etária da criança, sendo a primeira causa de morte em crianças abaixo de 5 anos. Por isso, quanto mais eficaz e rápido é o reconhecimento e o tratamento da sepse, maior é a taxa de sucesso.
Porém, antes da sepse se manifestar ocorre a Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS) que apresenta pelo menos dois dos seguintes critérios, sendo que um deles deve ser alteração da temperatura ou do número de leucócitos:
-Alteração de temperatura corpórea: hipertermia ou hipotermia.
-Taquicardia: frequência cardíaca inapropriada para idade na ausência de estímulos externos ou bradicardia para criança.
-Taquipneia: frequência respiratória inapropriada para idade ou necessidade de ventilação mecânica para um processo agudo não relacionado à doença neuromuscular de base ou necessidade de anestesia geral.
-Alteração de leucócitos: leucocitose ou leucopenia não secundárias à quimioterapia, ou presença de formas jovens de neutrófilos no sangue periférico.
Conheça os sinais da infecção e da sepse:
Infecção
É a suspeita ou confirmação da doença (através de culturas positivas, anatomia patológica, testes de amplificação de RNA ou através de exame clínico, de imagem ou testes laboratoriais), causada por qualquer patógeno infeccioso ou a síndrome clínica associada com alta probabilidade de infecção.
Sepse
É a presença de dois ou mais sinais de SIRS, sendo um deles hipertermia/hipotermia e/ou alteração de leucócitos, concomitantemente à presença de quadro infeccioso confirmado ou suspeito.
Sepse grave
Disfunção cardiovascular ou respiratória ou qualquer disfunção orgânica associada a infecção suspeita ou confirmada.
Choque séptico
É definido na população pediátrica como sepse e disfunção cardiovascular.
A sepse deve ser suspeitada em todos os pacientes com quadro infeccioso. Isso porque os critérios de SIRS são muito frequentes em crianças, principalmente alteração de temperatura, taquicardia e taquipneia, e podem estar presentes mesmo em infecções de pouca gravidade e/ou outras doenças não infecciosas. Assim, deve ser dada atenção especial a todos os pacientes infantis com qualquer sinal de deterioração dos parâmetros clínicos que sugira infecção grave. Os sinais de gravidade são: alteração do nível de consciência (irritabilidade, choro inconsolável, pouca interação com os familiares, sonolência) e/ou alteração da perfusão tecidual.
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