Criptorquidia, popularmente conhecida como “testículos não descidos”, é quando ocorre a localização extraescrotal do testículo, representando a mais frequente anormalidade genital masculina. A criptorquidia congênita é a mais comum, sendo prevalente em até 1% dos recém-nascidos a termo e afeta 45% dos nascidos prematuramente.
Outra forma a criptorquidia adquirida, também chamada de luxação testicular, é uma condição rara e que ocorre quando o testículo descido na bolsa escrotal move-se para a região inguinal durante o crescimento do menino.
Na bolsa escrotal, o testículo apresenta temperatura de 33 °C e, quando retido, fica exposto à temperatura mais elevada, desencadeando degeneração do testículo. Com o aumento da idade, o testículo retido a ser exposto a temperaturas elevadas, 37 °C na cavidade abdominal e 34 °C a 35 °C na região inguinal, desenvolve progressiva fibrose intersticial e apresenta pouco desenvolvimento tubular e redução do volume testicular. Como consequência há potencial risco de infertilidade.
O diagnóstico da criptorquidia adquirida é clínico, através da inspeção e palpação cuidadosa da região inguinoescrotal bilateral para verificar o tamanho, a posição e a consistência dos testículos.
Já em casos de criptorquidia adquirida após o nascimento, o médico responsável acompanha durante algum tempo para avaliar a possibilidade de retorno espontâneo do testículo. Entretanto, quando isso não ocorre, é possível ser necessário realizar orquidopexia. Toda criptorquidia deve ser tratada cirurgicamente (orquidopexia ou ablação do testículo rudimentar) para evitar complicações futuras, como infertilidade, processo tumoral, torsão e encarceramento de alças intestinais.