Cistos podem ser definidos como uma massa de crescimento progressivo, sendo os cistos penianos raros e geralmente benignos. Localizam-se na porção ventral do pênis, tendo início no sulco coronal e estendendo-se até a margem do ânus.
Uma das teorias da etiologia dos cistos penianos é a predisposição familiar, devido a um padrão autossômico dominante, que levaria a alterações na fundição do rafe médio durante a formação embrionária.
Geralmente os cistos penianos são solitários, e podem apresentara diversos tamanhos. Podem ser lesões simples ou multiloculadas de conteúdo líquido. Os cistos penianos podem ser revestidos por uma ou várias camadas de diversos tipos de epitélio como epitélio escamoso, transicional ou cuboidal.
O diagnóstico diferencial se faz com lesões infecciosas (cancro sifilítico, moluscos contagiosos, tuberculose cutânea, vesículas herpéticas), lesões tumorais (lipomas, esteatocitomas), outros cistos (sebáceos, epidermoides) e divertíulosuretrais.
São assintomáticos em 75% dos casos, e apresentam como quadro clínico mais frequente a disúria (dificuldade para urinar que pode ser acompanhada de dor), prurido perimeato, hesitação, jato irregular, e dispareunia (dor genital associada à relação sexual). Em alguns casos o cisto pode infectar e ulcerar.
O tratamento consiste na remoção precoce e completa do cisto, com o objetivo de impedir a recidiva e prevenir complicações tais como infecções, processos inflamatórios e obstruções no meato uretral.