A hipertensão renovascular tem como causa a diminuição do fluxo sanguíneo que ocorre devido à lesão única ou a diversas lesões na artéria renal de um ou ambos os rins. Cerca de 3% a 10% das crianças e adolescentes com hipertensão têm o diagnóstico da doença renovascular. Alguns autores relatam que a hipertensão renovascular está presente em 5% a 25% dos casos de hipertensão secundária em crianças.
A hipertensão renovascular é ocasionada por algumas doenças sendo as principais: displasia fibromuscular, displasia fibromuscular intimal (neurofibromatose tipo 1, síndrome Williams), arterites (Kawasaki, Takayasu ou doença de Moyamoya), estenose da artéria renal pós-transplante, trombose venosa ou arterial decorrente de cateterismo umbilical no recém-nascido, aneurismas da artéria renal e ptose renal. A doença parenquimatosa renal e renovascular e a coartação da aorta representam entre 70 a 90% de todos os casos de HT secundária em crianças.
Geralmente a hipertensão renovascular não causa sintomas ou estes são inespecíficos na maioria das crianças. Em lactentes alguns sintomas podem estar presentes como irritabilidade, alterações no desenvolvimento e problema de crescimento. Nas crianças pré-escolares e escolares é comum letargia e dor de cabeça. Podem surgir nas crianças de todas as idades hipertrofia ventricular esquerda assintomática, insuficiência cardíaca congestiva e complicações neurológicas como encefalopatia hipertensiva e convulsões.
Nos adultos com hipertensão renovascular, vários métodos de imagem podem ser utilizados no diagnóstico. Porém em crianças a arteriografia renal é o exame de escolha.
Em crianças com doença renovascular um dos tratamentos é a combinação precoce de fármacos. A escolha dos antihipertensivos inclui os inibidores da enzima de conversão da angiotensina (iECAs), antagonistas do receptor da angiotensina (ARAs), antagonistas dos canais de cálcio, betabloqueantes e diuréticos.
O único tratamento definitivo em crianças com HTA renovascular é a cirurgia. A hipertensão refratária à terapêutica e à angioplastia constituem as principais indicações de tratamento cirúrgico que inclui várias técnicas de técnicas de revascularização e a nefrectomia do rim atrófico e com má função.
Dr Marcelo de Oliveira Rosa
Uropediatra em Goiânia
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Clínica do Cálculo
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