A duplicidade ureteral completa é uma condição congênita em que há dois ureteres emergindo de um único rim para transportar a urina até a bexiga, diferentemente do padrão usual de um ureter por rim. Na duplicidade completa, os ureteres não se unem antes de chegarem à bexiga, enquanto na forma incompleta eles se conectam em algum ponto entre o rim e a bexiga.
Este tipo de malformação pode causar infecções urinárias recorrentes, dilatações do ureter e/ou piélicas, incontinência urinária e dor lombar, dependendo da posição de inserção do ureter da unidade superior. O tratamento cirúrgico é frequente devido às complicações
Quando um dos polos renais não está funcionando, pode ser necessário um procedimento cirúrgico específico para tratar a condição, que varia conforme o grau de função do polo afetado e outros fatores como o local de implante do ureter ectópico e a presença de refluxo ou ureterocele.
Entre as opções cirúrgicas comuns para essa condição estão
Uretero-ureteroanastomose: Este procedimento facilita a distribuição do fluxo urinário entre os dois orifícios ureterais sem a necessidade de interiorizar uma das vias, minimizando assim o risco de complicações como refluxo vesicoureteral.
Reimplante Ureteral: Realizado por laparoscopia ou nefrectomia parcial, esse procedimento remove o lúmen anormal e restaura o fluxo urinário normal. A eficácia do reimplante depende significativamente da habilidade do músculo.
Clipagem Ureteral: Utilize clipes especiais de metal para tratar a duplicidade, fechando os segmentos ureterais. É um método seguro e eficaz, com a vantagem de reduzir a morbidade e acelerar a recuperação quando comparado aos procedimentos abertos.
Cada opção deve ser avaliada cuidadosamente por um urologista especializado, levando em consideração as condições específicas do paciente, para determinar a abordagem mais adequada e eficaz para o tratamento da duplicidade ureteral completa.
Dr. Marcelo de Oliveira Rosa
Uropediatra em Goiânia
CRM-GO: 6839 RQE: 3524/3629