A secreção vaginal normal encontrada na vagina tem como característica pequena quantidade, aspecto claro e odor característico. O desequilíbrio entre os microorganismos presentes na flora vaginal causa a vulvovaginite que está entre as afecções ginecológicas mais comum na infância.
Existem diversas diferenças anatômicas e hormonais entre a genitália da mulher e da criança. Nesta faixa etária a vagina é mais curta e próxima ao ânus, portanto, mais exposta à contaminação. Além disso a genitália da criança está mais desprotegida por não ter os coxins gordurosos da raiz da coxa e nos grandes lábios e não ter pelos. Como ainda não há produção de hormônios, torna o meio vaginal menos ácido o que aumenta a predisposição a infecções. Outro fator importante é a higiene inadequada, comum nessa faixa etária que também contribui para o aparecimento das vulvovaginites.
Cerca de 70 % dos casos de vulvovaginites são consideradas inespecíficas, quando não se identifica um agente etiológico causador. Entre os sintomas característicos temos a coceira, queimação e vermelhidão vulvar. Geralmente estão associadas à contaminação fecal. Neste tipo de vulvovaginite a recomendação de tratamento seria melhorar a higiene local, usar roupas íntimas de algodão e evitar roupas apertadas e de material sintético. Em alguns casos é necessário colher amostra da secreção vaginal para exames.
Entre as vulvovaginites especificas, temos a candidíase causada pelo fungo Candida Albicans. Geralmente este fungo não causa vulvovaginite nas meninas pré-puberes, sendo sua maior incidência em meninas acima dos dez anos, devido a maior acidez do meio vaginal causada pelo estrogênio. Nas crianças menores a candidíase está relacionada diabetes mellitus, uso de fraldas e uso de antibióticos. Se destacam como sintomas corrimento genital branco, grumoso, com prurido intenso, vermelhidão vulvar e queimação ao urinar.
A infecção pelo Enterobius vermicularis (oxiurus) ocorre pela transmissão direta (oral-fecal). É muito frequente em crianças e está associada à higiene genital inadequada. Entre os sintomas mais comuns podemos destacar coceira anal, lesões perianais e a vulvovaginite.
A Chlamydia trachomatis é geralmente assintomática e quando encontrada em crianças com menos de três anos pode estar associada a transmissão durante o parto por mães infectadas pela bactéria. A presença da bactéria em crianças maiores merece investigação por ser sugestiva de abuso sexual.
Outra bactéria que também está relacionada a suspeita de abuso sexual é a Neisseria gonorrhoea, mas que também pode ser transmitida pela mãe. Como sintomas comuns temos, o corrimento purulento intenso que geralmente está associado a edema dos lábios vulvares.
Trichomonas vaginalis é um dos principais causadores de ISTs, sendo também transmitida através do contato sexual. Corrimento esverdeado com odor ativo e associado a coceira, ardência e vermelhidão são os principais sinais. Outro microrganismo que também pode ser transmitida através do contato sexual é Gardnerella vaginalis que causa sintomas como corrimento branco acinzentado com bolhas.
Toda vez que for identificada alguma bactéria de transmissão sexual deve-se identificar indicadores na história clínica e colher amostras da secreção vaginal para exames de cultura e bacterioscopia.
Dr Marcelo de Oliveira Rosa
Uropediatra em Goiânia
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