A hidronefrose antenatal é frequentemente identificada durante o ultrassom morfológico gestacional, revelando uma dilatação na pelve renal do bebê, a área dos rins que coleta a urina antes de enviá-la à bexiga pelos ureteres. Em muitos casos, essa dilatação é temporária e se resolve espontaneamente, mas em alguns pacientes, as alterações anatômicas persistem, levando à hidronefrose após o nascimento.
Quando a hidronefrose continua por algumas semanas, o rim (ou os rins) acumula um volume significativo de urina que não consegue ser drenado para a bexiga. Embora a maioria dos casos de hidronefrose antenatal seja transitória e assintomática, resolvendo-se naturalmente com o crescimento da criança, é crucial que todos os casos sejam monitorados por um uropediatra desde o diagnóstico pré-natal. Acompanhamentos regulares com exames de imagem e laboratoriais são essenciais para avaliar qualquer comprometimento da função renal.
Se o ultrassom continuar a indicar hidronefrose nas primeiras semanas de vida, pode ser necessário considerar uma intervenção cirúrgica. O tipo de procedimento dependerá da causa subjacente e do grau de hidronefrose presente.
Dr. Marcelo de Oliveira Rosa
Uropediatra em Goiânia
CRM-GO: 6839 RQE: 3524/3629